(música eletrônica animada)
- Enquanto desenvolvemos esta ideia do que significa
criar uma cultura diversificada, existem duas questões
que precisamos responder para
obter a resposta dessa pergunta.
A primeira é o que você quer, e
a segunda é
o que está disposto a fazer para conseguir?
Há cerca de 10 anos fiz parte
de uma igreja predominantemente afro-americana.
Tinha a força de 25 mil membros.
Todo fim de semana, eu estava com jovens adultos,
universidades, escolas, grupos de louvor, corais,
bandas, movimentos juvenis, eu tinha
um pouco daquele ambiente.
Tinha cerca de 130 líderes subordinados a mim
e estávamos nos fortificando.
Anos depois, algumas coisas arruinaram a igreja
e fomos de 25 para 3 mil em um ano.
Foi bastante emotivo para mim.
Quase abandonei a fé. Quase abandonei a igreja.
Encontrei uma igreja menor, com 1.500 membros.
Eles me reergueram e, em cima disso,
iniciei uma jornada tentando
descobrir meios inovadores para pregar.
E alguém me levou até uma igreja no centro
que também havia explodido.
Cerca de 40 mil membros estavam nessa igreja
e eram predominantemente brancos.
Eu estava impressionado porque,
todo domingo, parecia uma festa do Grammy.
E fiz um grande amigo lá.
Não direi seu nome, mas foi meu primeiro amigo
branco da vida e começamos
a sair para almoçar, durante dois anos.
Nesses almoços, ele perguntava tudo, você sabe,
porque você é democrata? Se você for.
Você gosta de republicanos? Você é republicano?
O que sente pelos brancos?
Perguntei, o que sente pelos afro-americanos?
Ele disse, por que afro-americanos comem frango?
Eu disse, por que os brancos não sabem dançar?
E seguimos nisso
tentando entender um ao outro.
Criamos um lugar seguro para cometer erros.
Alguns anos se passaram e acabei conhecendo
o pastor e ele disse,
é o seguinte, sei que você veio da igreja
predominantemente afro-americana, mas gostaria
de ser anfitrião, falar algumas palavras em nossa igreja.
Não temos anfitriões na igreja afro-americana,
mas vou subir lá e falar.
E eu subi e falei e, sabe,
algumas pessoas disseram, nunca vimos você
ser tão branco.
Subi no palco e disse, agradeço a todos
por estarem aqui hoje.
Ficaremos aqui por cerca de uma hora,
cantaremos músicas legais, e assim por diante.
Pensei que era o que eu deveria fazer, foi o que
eu aprendi vivendo em uma maioria afro-americana.
Eles disseram, não queremos que você seja branco
queremos que seja você mesmo.
Eu disse, certo estou animado com isso.
Estarei lá. Eles disseram, na próxima missa
faça o que der na telha.
Eu disse, quer que eu faça o que me der na telha?
Eles disseram, sim, faça o que der na telha.
Eu disse, estou avisando, e eles concordaram.
Chegou o dia da missa, e eu disse,
quem está animado em estar aqui hoje?
Todos gritaram, e eu disse, estamos distribuindo
barras de Klondike. Falei alto e estava animado e
as pessoas estavam rindo e foi ótimo.
Comecei a fazer as palavraras rimarem e eu disse,
que bom ver vocês!
Vejo vocês na semana que vem.
Quando sai do palco, as pessoas me falaram,
bem, não queremos que seja tão afro-americano.
(risos)
E eu disse, certo, o que querem que eu seja?
E eles disseram, não sabemos.
Eu disse, bem o que vocês querem?
E eles disseram, não sabemos.
Acho que é onde diversas organizações estão
no que diz respeito à diversidade.
Por isso, eu acho que a principal pergunta é,
se pretendemos resolver esta questão,
o que você quer?
Acho que você não se perguntou isso.
Não você, mas talvez seu vizinho ou
talvez alguém que você conheça.
Muitas igrejas querem diversificar, mas nunca
pensaram sobre o que elas querem.
Quantos afro-americanos quer na equipe?
Que tipo de cultura diversificada você quer?
Até onde você está disposto a ir?
Que tipo de música você quer?
Como você quer que aquele afro-americano se sinta
quando estiver na sua equipe?
Como quer que as minorias se sintam ao entrarem?
Como quer que eles falem?
Que aparência você quer que eles tenham?
São perguntas que não fizemos e,
muitas vezes, muitas organizações,
por não fazerem essas perguntas,
colocam minorias em uma situação difícil.
E você não atrai quem gostaria de atrair
e os que atrai acabam se sentindo negligenciados.
Só porque não fizemos a pergunta
o que queremos.
Como queremos que nossa igreja fique
em relação às questões de justiça social.
Queremos falar sobre isso? Estamos satisfeitos?
O que nós queremos?
O negócio é o seguinte,
você não precisa mudar tudo
o que você faz para diversificar.
Mas precisa identificar qual nível de diversidade
você quer vivenciar.
Depois, a segunda pergunta é
o que está disposto a fazer para conseguir?
Você pode ser pastor ou líder de uma organização
que diz, quero mudar a equipe inteira.
Quero ser 50% diversificado.
Maravilha, você identificou a vitória,
esclareceu a vitória, mas o que está disposto
a fazer para chegar lá?
O que acontece quando você contrata alguém
de uma família humilde e está em sua equipe
sentando diante de, você sabe, um homem branco ou
uma mulher branca que cresceu
com privilégios e muito dinheiro.
E tenta fazer com que eles trabalhem juntos.
Quais são as sensibilidades das culturas
que entram em choque.
Você abordou isso?
O que está disposto a fazer para conseguir?
O que acontece quando sua igreja vai de
predominantemente branca para 60% diversificada?
Você muda a música?
Como aborda essas questões?
Pensamos que somos próximos, mas, sinceramente,
nossas culturas estão muito distantes.
Obviamente sabemos que Deus quer diversidade e
ele celebra isso, mas não sei se queremos
nos sacrificar para conseguir o queremos.
Acho que precisamos estar dispostos a mudar.
Precisamos estar dispostos a
aceitar onde estamos tentando ir.
Temos que estar dispostos a dar um pouco mais.
Muitos dizem que querem
contratar diversidade.
Queremos aumentá-la.
Mas você não conhece ninguém diferente.
Está disposto a sair da sua zona de conforto e
contratar alguém que não se parece com você
para ajudá-lo nessa jornada?
Está disposto a pegar um Vanderbloemen ou outro e,
ei, preciso disso, é importante para mim.
Às vezes, acho que não o faremos,
e para finalizar,
não fomos tão longe quanto deveríamos, porque
vemos a diversidade como vemos a internet.
Quando a internet apareceu, as pessoas diziam,
ah, não será nada.
Você é uma Blockbuster em um mundo Netflix?
Num piscar de olhos a internet
está em tudo, embora algumas pessoas
a tenham subestimado, e ela explodiu.
E não sabíamos o que fazer.
O mundo está mudando, as culturas estão mudando
e as igrejas precisam mudar para refletir o mundo
em que vamos viver e pregar para as pessoas
que Deus quer que preguemos e isso inclui
todas as raças e todas as pessoas.
Está disposto a ir até o fim?
Tente responder a essas duas perguntas,
o que você quer e o que fará para conseguir?
Tenha uma voz branca,
envolva sua equipe, vá em frente, e acredito que
você pode criar uma cultura diversificada. Obrigado.
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